Os primeiros habitantes da região de Papary,
conhecida desde os idos de 1600, foram os índios Tupis. O nome Papary vem da
lagoa de pesca abundante existente no território, ao lado de várias outras.
Durante o domínio holandês nada de significativo
aconteceu na povoação. O tempo passou e os holandeses foram embora. Já em 1703,
com a presença portuguesa, o povoado de Papary tomava forma de arruado e a
igreja de Nossa Senhora do Ó começava a ser erguida, concluída somente 52 anos
depois. O progresso econômico da povoação foi impulsionado pela pesca farta nas
várias lagoas das redondezas e terras de boa qualidade para o plantio de várias
lavouras, especialmente a de Papary, chamada Paraguaçu no século XVII.
Pela Lei número 242, de 18 de fevereiro de 1852, o
povoado desmembrou-se de São José de Mipibu, tornando-se município com o nome
de Vila Imperial de Papary e, em 1º de fevereiro de 1890 passou a denominação
de Vila de Papary.
Em 1948, a comunidade de Papary, em homenagem a
sua filha mais ilustre, mudou seu nome para Nísia Floresta.
A homenageada nasceu em Papary, mais precisamente
no Sítio Floresta, no dia 12 de outubro de 1810.
Nísia Floresta começou sua vida literária em
1831, publicando em jornal de Pernambuco artigos defendendo o ideal
republicano, igualdade política dos sexos e liberdade aos escravos. A escritora
de Papary passou a ser admirada por muitos e questionada por outros. Foi
chamada ao mesmo tempo de extraordinária, de notável, de mestiça, de indecorosa
e de monstro sagrado. Devido à saúde de sua filha, Nísia foi morar na Europa em
1849 e entre idas e vindas ao Brasil, 28 anos se passaram.
Nísia Floresta Brasileira Augusta morreu no dia 24
de abril de 1885, na Normandia, vítima de pneumonia e foi enterrada no
cemitério de Bonsecours, na França. No dia 12 de setembro de 1954 seus restos
mortais chegaram a sua terra natal, Papary, sendo repousados no mausoléu
construído em sua homenagem.
Significado do Nome
A escritora de Papary, Dionísia Gonçalves Pinto,
decidiu usar um pseudônimo literário que veio a se tornar internacionalmente
conhecido, Nísia Floresta Brasileira Augusta.
Nísia, final de Dionísio. Floresta, ninho nativo.
Brasileira, afirmação nacionalista. Augusta, recordação amorosa de seu dileto
esposo.
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